Quando te conheci tinhas apenas 4 semanas e 3 milímetros. Eu? 1,60 metros, nem penses que vou dizer o peso e 29 anos no cartão do cidadão. A aventura de uma mãe inexperiente a viver a mais avassaladora experiência de todas
Quando te conheci tinhas apenas 4 semanas e 3 milímetros. Eu? 1,60 metros, nem penses que vou dizer o peso e 29 anos no cartão do cidadão. A aventura de uma mãe inexperiente a viver a mais avassaladora experiência de todas
Hoje dobraste o riso pela primeira vez. Já tinhas dado gargalhadas, mas hoje foi diferente. Estávamos no corredor de um supermercado à espera do papá que tinha ido buscar um cesto e comecei a brincar contigo. A empurrar o teu carrinho enquanto agitava os braços. Primeiro sorriste, abriste a boca como costumas fazer. Depois, e que maravilha, uma sucessão de gargalhadas, um som tão feliz que me emocionou. Voltaste a fazê-lo em casa, numa brincadeira antes do banho. Cresces tanto todos os dias. E eu cresço contigo, encantada com o tanto que me dás todos os dias, meu filho.
Quero que gostes de rir. De rir com a boca toda, de rir até virem as lágrimas, de rir até doer a barriga.
Quero que gostes de ver a chuva da janela. E de contar as estrelas à noite e descobrir que as mais brilhantes são as nossas protectoras.
Quero que valorizes as pessoas. Que saibas que cada uma tem a sua história, que todas as histórias são diferentes e que é também com a diferença que crescemos e aprendemos a ser um bocadinho melhores todos os dias.
Quero que sejas feliz. Sempre. E que mesmo quando caíres saibas que eu vou estar do teu lado sempre para te ajudar a levantar.
Comecei a sentir-te às dezasseis semanas. Eras como um peixe no meu imenso aquário, a nadar nas águas calmas. Agora, aos seis meses de amor, o meu aquário parece um recinto olímpico, onde as modalidades mais acrobáticas têm lugar depois do jantar e pela noite dentro. São tantas e tão intensas que o teu pai não perde uma atuação, quando de mão na barriga chama por ti, meu amor. Imagino-te ginasta, cansado mas feliz, depois de tantas cambalhotas e pontapés, quando nos deitamos para dormir. O meu aquário é o sítio mais feliz do mundo. O sítio onde nos conhecemos. O nosso princípio de tudo. As nossas primeiras palavras, aquelas que só nós ouvimos.
Estamos a algumas horas do novo Ano. O Ano em que nos vamos ver pela primeira vez, quando saires do teu-nosso casulo. Por isso esta entrada em 2015 é muito mais do que um pé direito a caminho de outro número no calendário. Mais do que as passas comidas uma-a-uma à meia noite. És tu, a promessa da tua chegada, o nosso amor celebrado. Já não me imagino a viver sem ti na minha vida, a nossa viagem tem sido plena de descoberta(s) e felicidade(s), uma viagem para a vida que o ano de 2014 começou e que não mais terminará. Continuará para sempre, mesmo depois de estares nos meus braços. Esta passagem para 2015 celebra por isso a nossa eternidade. Um elo feito de amor. Um amor que, prometo-te, será sempre uma certeza.
Às vezes esqueço-me que estou grávida. (São sempre momentos curtos, garanto-te). Mas quando me volto a lembrar (logo, logo a seguir, garanto-te) sinto uma alegria/felicidade/contentamento tão grande que até vale a pena ter-me esquecido por minutos. E nem preciso de me beliscar para te saber real.